Até quando seremos "Supers"?
É recorrente a fala dos que chegam ao consultório dizendo que não podem ser fracos, e que a busca de um psicólogo foi a última opção, após tantas outras alternativas. Normalmente, estas pessoas vivem num contexto que, desde cedo foram solicitadas a serem fortes.
"Não se abale com isso", "Homem não chora", "Veja quanta coisa boa está acontecendo", "Não seja fraco", "O que as pessoas vão pensar?", "Leia o livro de fulano, que dá dicas para que você possa ser forte em meio a tantas dificuldades", etc. Além, é claro, da "força" disfarçada de resiliência, nas literaturas dos RHs da vida.
Acontece que, por conta desta persona que vai sendo cada vez mais afirmada e que adere à pessoa, uma criança fraca e que precisa de cuidado, carinho, atenção, sofre em seu psiquismo. E é esta criança que vem ao consultório, por traz do terno do alto executivo, dos títulos da médica de renome, do homem que desde os 9 anos é varão de família, e também do pequeno adulto, que hoje entre 20 e 30 anos, desde os 10 foi preparado para ser o alto executivo citado anteriormente.
A sociedade de consumo na qual vivemos pede a cada vez mais que sejamos fortes, íntegros, saudáveis, sem problemas e, que com isso, sigamos consumindo, comprando, gastando, produzindo, girando a economia. Mas e a economia psíquica, quando vamos levar em conta?
Esquecemos que até mesmo os super-heróis, quando não estão sendo fortes e combatendo vilões, são apenas humanos como os outros. O problema não está em ser super-homem ou mulher-maravilha, mas querer ser um dos dois a vida inteira.
Será que todos os fracos que vivem em nós também não são fortes em algum momento?Será que não é uma questão de ponto de vista? Será que sermos fortes o tempo todo não nos fragiliza perante a nós mesmos? Fica aqui o convite: vamos nos permitir ser menos rígidos, menos fortes, mais leves e abertos a ouvir o que, de fato, aquela criança que não permitimos viver em nós precisa.
"Não se abale com isso", "Homem não chora", "Veja quanta coisa boa está acontecendo", "Não seja fraco", "O que as pessoas vão pensar?", "Leia o livro de fulano, que dá dicas para que você possa ser forte em meio a tantas dificuldades", etc. Além, é claro, da "força" disfarçada de resiliência, nas literaturas dos RHs da vida.
Acontece que, por conta desta persona que vai sendo cada vez mais afirmada e que adere à pessoa, uma criança fraca e que precisa de cuidado, carinho, atenção, sofre em seu psiquismo. E é esta criança que vem ao consultório, por traz do terno do alto executivo, dos títulos da médica de renome, do homem que desde os 9 anos é varão de família, e também do pequeno adulto, que hoje entre 20 e 30 anos, desde os 10 foi preparado para ser o alto executivo citado anteriormente.
A sociedade de consumo na qual vivemos pede a cada vez mais que sejamos fortes, íntegros, saudáveis, sem problemas e, que com isso, sigamos consumindo, comprando, gastando, produzindo, girando a economia. Mas e a economia psíquica, quando vamos levar em conta?
Esquecemos que até mesmo os super-heróis, quando não estão sendo fortes e combatendo vilões, são apenas humanos como os outros. O problema não está em ser super-homem ou mulher-maravilha, mas querer ser um dos dois a vida inteira.
Será que todos os fracos que vivem em nós também não são fortes em algum momento?Será que não é uma questão de ponto de vista? Será que sermos fortes o tempo todo não nos fragiliza perante a nós mesmos? Fica aqui o convite: vamos nos permitir ser menos rígidos, menos fortes, mais leves e abertos a ouvir o que, de fato, aquela criança que não permitimos viver em nós precisa.
Belíssima reflexão, João. Sem duvidas, o fato de termos que ser “súpers” o tempo todo nos conduz a uma gama enorme de sintomas de origem emocional, muitas vezes irreversíveis, a qual temos de carregar ao longo da vida. Elaborá-los, portanto, é um longo e doloroso processo. Então, o melhor sempre, é que possamos viver em equilíbrio, aceitando nossas limitações e vivendo bem com elas.
ResponderExcluirAbraço!